segunda-feira, 25 de janeiro de 2021

I see you in the other side

     A abertura de How i met you mother ainda me emociona. Era fácil me ver como o Barney e aceitar que ia acabar sozinho. No fim eu era a Robin. Eu sempre fui a Robin. Perdi a esperança do guarda-chuva amarelo faz anos, mas ainda existe uma trompa azul na minha parede, pra me lembrar do peso das escolhas. 




    Coisas que não posso consertar. Portas que nunca mais vou abrir. 

quarta-feira, 13 de janeiro de 2021

Daqui a pouco o sol nasce

    Que bom que você veio. No meio desse caos eu imagino que esteja difícil pra você achar tempo pra conversar com algo tão insignificante. Não tem sido fácil, mas é assim mesmo. AS vezes a gente quase desiste do trabalho, mas nunca deixa de acreditar nele. Estamos cansados. Dia sim, dia não eu me fecho pro mundo. ¿Você lembra de quando eu era criança e tentava te explicar que conseguia viver duas vidas e apontava pras estrelas como justificativa. Como se as estrelas fizessem sentido pros perpétuos. Você poderia ter me explicado sobre o preço que se paga, mas em vez disso amavelmente me ouviu. E esperou que eu aprendesse por mim mesmo. Acho que ainda não aprendi tudo que deveria. E acho que nunca aceitei que não podia fugir de certas regras. Nossas conversas sempre trazem todas essas lembranças. Queria te dar um abraço. Queria que essa inquietação passasse e que eu parasse de procurar respostas que não existem. Sou tão humano nisso. Tentando racionalizar o invisível como se ele fosse matemática. Tentando consertar o que está irremediavelmente quebrado. 

    Não vou te amarrar muito, temos tanto ainda por fazer. Até a próxima e, se for por mim, traz meu cavalo. Espero que ele esteja bem e que vocês estejam se entendendo. Obrigado por tudo, minha amiga.

sábado, 9 de janeiro de 2021

¿Where in the world is Carmen Sandiego?

         Os minutos antes do amanhecer sempre serão minha hora preferida, mas quando a chuva deixa fim da tarde sépia o invisível vem e me bate forte. Devagar eu começo a entender. Devagar porque demoro a perceber o óbvio e também porque não é fácil. Não é fácil entender quem joga o mesmo jogo com um conjunto de regras e valores completamente diferentes dos meus. Eu poderia dizer que a felicidade é como o horizonte. Sempre está lá como um objetivo mas nunca ao nosso alcance. E por isso me arrebento todo pra fazer com que os outros sejam felizes enquanto fico olhando pro meu horizonte sem pedir muito mais do que isso. E se eu contasse essa linda metáfora pra ela, ela sorriria aquele sorriso que eu quero colocar num outdoor e jogaria o horizonte no meu colo. Outras regras trazem outras limitações. Outras definições de poder.




    Havia um jogo em 1993. Procurar uma ladra enquanto viajava pelo mundo testando os conhecimentos pra entender as pistas. E volta a Carmen Sandiego e o Tiago joga ela em mim como quem dá meia lua pra frente e soco. E eu me defendo tocando as músicas que doem nele. Talvez chegue um dia em que eu pare de me defender batendo. Mas obviamente esse dia não é hoje.



December songs that no long I sing