quarta-feira, 13 de janeiro de 2021

Daqui a pouco o sol nasce

    Que bom que você veio. No meio desse caos eu imagino que esteja difícil pra você achar tempo pra conversar com algo tão insignificante. Não tem sido fácil, mas é assim mesmo. AS vezes a gente quase desiste do trabalho, mas nunca deixa de acreditar nele. Estamos cansados. Dia sim, dia não eu me fecho pro mundo. ¿Você lembra de quando eu era criança e tentava te explicar que conseguia viver duas vidas e apontava pras estrelas como justificativa. Como se as estrelas fizessem sentido pros perpétuos. Você poderia ter me explicado sobre o preço que se paga, mas em vez disso amavelmente me ouviu. E esperou que eu aprendesse por mim mesmo. Acho que ainda não aprendi tudo que deveria. E acho que nunca aceitei que não podia fugir de certas regras. Nossas conversas sempre trazem todas essas lembranças. Queria te dar um abraço. Queria que essa inquietação passasse e que eu parasse de procurar respostas que não existem. Sou tão humano nisso. Tentando racionalizar o invisível como se ele fosse matemática. Tentando consertar o que está irremediavelmente quebrado. 

    Não vou te amarrar muito, temos tanto ainda por fazer. Até a próxima e, se for por mim, traz meu cavalo. Espero que ele esteja bem e que vocês estejam se entendendo. Obrigado por tudo, minha amiga.

Nenhum comentário:

Postar um comentário