quinta-feira, 27 de agosto de 2020

¿Cadê meu rivotril?

        Semana passada eu surtei e resolvi que ia escrever todo dia. Por enquanto tenho conseguido, mas nem tudo que eu escrevo eu posto aqui. Os anos passaram mas eu continuo escrevendo cartas que nunca vou mandar. E tem dias que é difícil achar inspiração. Tem dias em que os minutos e as horas passam automaticamente devagar. E a inércia pesa no fim do dia. Se eu fosse escritor chamaria isso de bloqueio criativo. Se eu fosse menos obcecado chamaria simplesmente de preguiça.

        Entre a tendinite e alguns planos esdrúxulos, há um zumbido que não me deixa pegar no sono. Mas durmo o menos que consigo. Mesmo quando os minutos são pastosos, eu me apego a eles. No lugar onde fiz meu primeiro estágio aprendi algo muito importante: As coisas não são pra ontem, mas elas raramente são pra amanhã. E um dia de cada vez eu vou me equilibrando na mesma ponte de sempre.

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