domingo, 28 de junho de 2020

...mas estamos vivos ainda...

       Todos tem as suas maneiras de se ressignificar como seres humanos e de buscar realização. É interessante acompanhar o que acontece com uma pessoa quando ela perde o que define ela como pessoa. Quando a zona de segurança fica inacessível. E todos tem os seus demônios e suas artimanhas para negociar seus pecados. E eu gosto de ver através das máscaras. E toda e qualquer droga que nos torna autênticos porque não conseguimos fingir. Ou talvez porque no fundo a gente não gosta de fingir. 

           Às vezes me roubam o amanhecer, mas amanhã nós voltamos. O diabo me ensinou a não me apegar. Às vezes o vazio pesa no coração. Até sei lidar com decepções, mas sempre sinto raiva do trabalho que as mentiras causam. Ossos do ofício do meu trabalho. Mas só mais essa vida e na outra, depois parece que vou parar de me fuder pra ajudar os outros.

            Queria muito um cigarro. Não por vontade de fumar, mas simplesmente porque sinto falta de queimar a melancolia com nicotina. 

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