sábado, 17 de fevereiro de 2018

Like a mantra

        Uma coisa minhas duas viagens pra França tem em comum. 

      No meio delas eu me dei conta de que as coisas nunca mais seriam as mesmas quando eu voltasse. Porque eu não seria o mesmo.


And all of this
Will never be the same
Again

sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

Nem se eu estivesse tocando Bach

        Parei de brigar com o frio e cheguei num ponto em que ele me consola. O ar gelado me mantém alerta, na mesma proporção que o cansaço me desanima.

        Toco Oasis e Artic Monkeys como quem usa um band-aid numa perna amputada. Não resolve muito mas a verdade é que aceitei mais do que nunca que há coisas que eu realmente não posso consertar. E talvez existam coisas que eu não queira consertar. Não adianta nada eu teimar e me apegar ao que já não é. Castelos de areia são feitos para serem destruídos, mesmo aqueles com um palitos de picolé no meio deles. Eu devia ter deixado a corrente me levar em vez de ficar teimando em atravessar o rio. A margem oposta é bem diferente do que eu me lembro dela. 

       Olhando para trás, o que começou com uma fuga agora é mais um rito de passagem. E da mesma maneira que antes eu não sabia do que estava fugindo, agora não tenho a menor ideia de onde isso tudo vai me levar.