terça-feira, 3 de outubro de 2017

Amparo

           Eu pedalo na chuva e penso em unicórnios. Em algum lugar algum baterista toca motorhead. Seguimos. Queria que minha vida tivesse seguido outro caminho, mas respeito cada passo e entendo como cheguei até aqui. Estou onde me coloquei. Escrevo minhas linhas toscas para 2 ou 3 pessoas entenderem. Mas elas são pra mim, antes de tudo. Falar é como marcar na minha pele as palavras. E me condenar a viver conforme o que digo. Assim como me condenei à esperança. 

          Ainda chove quando estou voltando pra casa. Numa estratégia que sempre se baseou em esquivar em vez de defender, a chuva me torna praticamente invisível. Num plano que sempre se baseou num gato que sorri e fica invisível, sumir sempre vai ser minha zona de conforto.



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