quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

Sempre vou Saltar no Desconhecdio

           Há coisas na vida que dependem exclusivamente de paciência e força de vontade. Fiquei 3 dias brigando com meu computador pra fazer ele funcionar com as peças novas que comprei. E a assistência técnica estava a mais ou menos 300 reais de distância. Foi divertido tentar e tentar e tentar de novo. Tentativa e erro, comigo tendo certeza que iria errar dezenas de vezes antes de acertar, mas que precisava acertar só uma vez. No fim, uma alteração de 0,150v na tensão da memória RAM resolveu. Sinto um certo orgulho - não por ter feito funcionar ou por não ter desistido - mas sim por não  ter defenestrado o computador no meio do processo.

            E eu volto pro contrabaixo. Me faz sorrir. Esse é o Elias, meu sem trastes. Com os espólios do Festival de Blues. Encho o chão de partituras como se fosse o cenário pra minha inquietação. Nele eu toco Bach e Replicantes, Chico Buarque e Muse... como se estivesse procurando alguma coisa. A mesma sensação das tardes quentes estudando com o metrônomo rindo da minha cara. Uma nota depois da outra, um compasso por vez. Respirando nos silêncios e afinando as notas na marra. Quando chove eu paro tudo e fico quietinho pra não atrapalhar a água que cai. Eu sei que tudo deveria ser mais prático, organizado e racional, mas depois de estabelecer uma ligação espiritual com a música, nada mais soa como antes.

 

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