quarta-feira, 3 de agosto de 2016

Ainda sobre o fim de semana

           Agosto, sempre em agosto. o mês onde o Tiago e o Vento sempre discutiram tanto. De qualquer forma, entrei ventando, com o Virgílio na mão. Discutindo comportamento humano com uma psicóloga, da mesma forma que discutia a bíblia com uma professora de teologia. Tocando Adele e chorando sem ninguém ver. Achando o máximo a mulher do bar não gostar de mim. Não me sentindo fora do lugar. Batendo forte o pé junto com o bumbo de um baterista de coração bom. Soando intenso e verdadeiro em cada nota.

           A conversa que tive comigo mesmo naquele ônibus a caminho de Alter do Chão não foi esquecida. A paz que eu tanto quero a um preço que não consigo pagar. Como se minha felicidade estivesse a um oceano de distância e Deus só me desse uma tábua por dia pra Jangada. E o Diabo sempre cochichando no meu ouvido pra eu ir nadando. 

           E volta minha senhora. Meu plano deu tão errado. Achei que longe dela - que longe deles - eles ficariam melhores. ¿Quem pode me julgar por pensar assim.? Tantos se afastaram e ficaram tão bem. Toda a ideia de ficar na vida das pessoas somente enquanto sou necessário. Toda a certeza de saber que invariavelmente faço mal para quem fica perto por tempo demais. Pra quem chega perto demais a ponto de gostar de mim.

            Mas ela voltou. E quando estamos juntos. somos mais do que duas pessoas. Cada um vale por muitos. Quando estamos juntos, somos mais do que uma dupla. Somos um time. Qualquer um pode ver que o universo trabalha com a gente, para o bem e para o mal. E isso da a liberdade de fazer qualquer coisa. Liberdade essa que usamos muito bem, diga-se de passagem.

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