sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Para decidir por onde vou


A decisão foi certa, mas mesmo que eu soubesse o que fazer e tivesse uma certa noção de como fazer, não tinha a mínima ideia de quando. Cheguei na praia com o sol forte e entendi que deveria esperar. Esperei mesmo sem saber direito o que estava esperando, torcendo para não perder o momento certo. Depois de 2 dias soltando pipa e procurando desenhos nas nuvens, no começo da noite, a chuva veio e eu entendi o recado. Estava sozinho na areia, mas no céu a chuva gritava e na minha frente o mar me dava medo. Não fui bem recebido por nenhum dos dois, mas encontrei ordem no meio daquele caos. E fiquei ali, nadando, contando raios no céu. A água que estava suja foi ficando limpa e eu pude descansar. Queria desistir de tudo porque na minha cabeça era melhor começar tudo de novo do que tentar salvar uns poucos garranchos do desenho origininal. Mas eu estava enganado. Mesmo com tudo que se quebrou, mesmo com tudo que eu não soube ou não consegui proteger, ainda há uma alma aqui.

E eu lembrei da promessa. E lembrei como é bom ter esperança. E lembrei que estar sozinho nunca me perturbou enquanto eu estava em paz com a minha essência. Entre raios, chuva e água salgada, lembrei que abrir as asas não dói.

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