quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Rabiscos no meu bloquinho novo.

Ela me viu com um isqueiro na mão e soube que eu estou de volta. A melhor tatuagem. Um atestado de sonhador. "O seu nome é Dulcinéia, sua pátria Toboso, um lugar da Mancha; a sua qualidade há de ser, pelo menos, Princesa, pois é Rainha e senhora minha; sua formosura sobre-humana, pois nela se realizam todos os impossíveis e quiméricos tributos de formosura, que os poetas dão às suas damas; seus cabelos são ouro; a sua testa campos elíseos; suas sobrancelhas arcos celestes; seus olhos sóis; suas faces rosas; seus lábios corais; pérolas os seus dentes; alabastro o seu colo; mármore o seu peito; marfim as suas mãos, sua brancura neve; e as partes que à vista humana traz encobertas a honestidade são tais (segundo eu conjeturo) que só a discreta consideração pode encarecê-las, sem poder compará-las." 


Há uma nova metáfora. Nas músicas que toco, na vida que vivo. Ambas tem suas partes difíceis, aquelas cuja execução me preocupa.  Preocupam-me tanto que eu esculhambo tudo 2 compassos antes. E depois toco as partes difíceis sem errar uma nota.


Tudo converge para o Natal.  Preparem seus copos de shot. Antes de me reunir pretendo terminar de  me despedaçar. Não ter nada a perder é uma desculpa esfarrapada que eu usarei como desculpas para uma série de coisas. Noção eu tenho, mas ainda não consegui definir com exatidão o resto da equação. Talvez a tequila ajude a conclusão a chegar.

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