Eu coloco barras de chocolate em caixas de correio como se o mundo fosse bom. Como quem coloca um esparadrapo numa perna amputada. Como se eu não fosse um estrangeiro. Passageiro de um trem que não passa em mim.
De todas as derrotas e fracassos que eu tive na vida, saber que ela vai ficar melhor sem mim é, de longe, o que mais me dói.
E quando os demônios me perguntam se valeu a pena, eu suspiro sozinho. Não conseguiria explicar que valeu uma vida inteira.
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