quinta-feira, 9 de setembro de 2021

Um gesto indicando morro abaixo

 Esse é um daqueles. 

    Os sinais são assim mesmo, as vezes eles gritam e as vezes eles sussurram, mas eles nunca silenciam. A cada mês de agosto o Vento e o Tiago sentam pra conversar. Uma promessa na frente do mar. Não é na frente, é diante de. às vezes as palabras brigam comigo. Era pra ser uma armadura e um personagem, acabou sendo a variável na equação que me permite equilibrar as coisas. A Mel Lisboa fala em escopo e eu lembro de Freud. Parece que estamos bem perto do centro da personalidade. É inútil levantar se vou continuar caindo por problemas pequenos. Adoro frio. Odeio neve, odeio gelo. Pelo menos meu braço dói diferente. Cachorro idiota, para de rosnar pra mim. Os pontos se ligam quando eu digito usando uma mão só e lembro que tentei estudar datilografia. 

    A namorada me liga, eu deveria estar feliz. Deveria costurar por memória muscular. Os sinais não silenciam, mas é fato que eles tem uma noção de tempo muito particular. Eles vêm quando precisamos dele e não quando queremos. A maldição do indeciso é poder escolher. Escolher é perder sempre. Julgar seria fácil, mas eu não me confesso pra qualquer um. Eu queria perguntar pra Alice, mas seria anacronismo em essência. Agosto acabou sem nenhum acerto entre o Vento e o Tiago e, ainda assim, V de Vadia. Nem todo vagante.....


Nenhum comentário:

Postar um comentário