quinta-feira, 27 de junho de 2019

Não importa

      Pensei em mandar uma linda carta que começaria com "Então, sua trouxa...". Mas o fato é que o trouxa da história sou eu. A experiência cansou de mostrar que quem brinca com crianças eventualmente sai mijado. E não poderíamos esperar nada diferente de alguém doente que vive de aparências e gerencia a vida e as pessoas como se estivesse na 5ª série. 

     Nessas horas eu me lembro que vento não é um apelido; é um trabalho. As fogueiras pequenas eu faço desaparecer e as grandes eu torno ainda maiores. Ter pena de uma pessoa não torna ela melhor. Nem a deixa menos asquerosa. 

    Raramente escolho a forma como me agridem. Então, me dou ao direito devolver a agressão do jeito que achar melhor. 

     É notório que eu me defendo batendo. E que a dor que carrego comigo me ensinou a bater onde dói.

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