quarta-feira, 6 de fevereiro de 2019

¿como cheguei até aqui?

      Durante a vida, fiz incontáveis piadas sobre os caxienses acharem que a festa da uva é grande. Na minha cabeça sempre foi uma festinha minúscula numa cidade pequenas com rompantes de grandeza. Mas o campeonato de ironias com o Único Acima não dá folga e já no primeiro dia de trabalho eu tive que dar 4 voltas pelos pavilhões. É tudo relativo, eu sei, mas não tenho mais coragem de dizer que isso aqui é pequeno.

     E, pra fazer tudo isso acontecer, de alguma forma juntou-se um time invejável. Olhar pro lado e ver os meus trabalhando e fazendo a festa sair do papel é mágico. E assim como foi no festival de blues e em alguns outros trabalhos especiais, não sobrou muito tempo pra que eu hesitasse ou ficasse duvidando de mim mesmo. A mesma regra: nada é pra ontem e quase tudo é pra agora.

   O tamanho do trabalho é assustador, mas de alguma forma, meu amor ao caos me mantém ainda de cabeça erguida. Os gigantes que tantas vezs me fizeram enxergar estão aqui comigo, alguns não fisicamente. O Mauro se estivesse aqui me entregaria uma cerveja bem gelada sem dizer uma palavra. A Ana colocaria um cigarro na minha boca porque sabe que eu esqueço de fumar quando entro na bolha. O Fer Costa me daria um tapa na cara e me mandaria não parar de sorrir.

    Não parar de sorrir. Admito que esse é o único plano que eu me permito ter no momento. Provavelmente esse é o único plano que vou precisar até o fim da festa da uva.



Nas incontáveis voltas que já dei nesse espaço,
a escada do coreto até agora é meu lugar preferido.

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