Meus livros são minha fuga. Saber do que estou fugindo até alivia, mas não o suficiente. A arte da guerra. Lutando contra mim mesmo.
segunda-feira, 13 de março de 2017
quinta-feira, 2 de março de 2017
Please, mind the gap!
Gosto de andar de bicicleta pela madrugada de caxias. A cidade vazia me parece muito mais segura. E na madrugada eu me sinto em casa. Saio de casa pensando em pedalar 10km e acabo pedalando 30km. Tudo porque minhas pernas seguem curiosas enquanto eu sigo com a cabeça longe em alguma linha de raciocínio maluca. Ou alguma lembrança que , de repente, começa a fazer todo sentido.
Tem uma coisa, acho que posso contar sem mudar nenhum nome já que, dentre a minha meia dúzia de leitores, só a Grazi Lua sabe de quem eu estou falando. Quando eu tinha 16 anos existia a Michele. Ela não foi minha primeira vez, tecnicamente falando. Mas eu e ela ficamos por um tempo e como os dois eram suficientemente curiosos, juntos tivemos uma série de primeiras vezes de um monte de coisa que eu gosto até hoje. Enfim, a gente funcionava como casal e é lógico que eu tinha todos os motivos do mundo pra querer ficar com ela. Mas me lembro dela gentilmente me explicando que não era pra gente ficar juntos, que eu deveria investir meu tempo e minha energia em outra pessoa. Eu me sentia muito burro, porque obviamente ela enxergava alguma coisa que eu não via. E a paz com que ela falava comigo sobre esse assunto me desconcertava. Acabamos terminando e tendo alguns remembers depois, mas ela acabou me convencendo. E nos tornamos amigos. Nunca tive a chance de conversar com ela sobre as nossas aventuras adolescentes. Isso tudo aconteceu faz quase 20 anos e só agora acho que entendi o porque ela fez o que fez. Eu pedalo alguns km a mais e tudo tem sentido. Não penso no caminho, vou aonde minhas pernas me levam. A metáfora é justamente essa.
É impossível pedalar sem lembrar da minha psicóloga não oficial. Fico brincando de ser bipolar e sei que ela teria um termo técnico pra me xingar enquanto rola aquela análise sutil que só ela consegue.
Parecem pensamentos importantes, mas são só castelos de areia. Com um palito de picolé no meio.
quarta-feira, 1 de março de 2017
Recomeça tudo lá fora
A inquietação me acordou cedo nessa finaleira de carnaval e pego meu baixo para estudar. E se em 2016 fiz as pazes com meu contrabaixo, agradeço de coração a 3 pessoas. O Fernando Costa, que antes de ser um baixista foda bagaray, é um amigo daqueles que quero por perto sempre. Não que as coisas fiquem mais fáceis com ele, mas por mais que o barco esteja afundando eu sei que com ele tem mais gente pra jogar água pra fora e consertar o barco. Guardo no coração todos os shows que fizemos em 2016 e antes disso. O Robledo, que bate naquela bateria como se não houvesse amanhã e que consegue manter um sorriso enorme na cara enquanto me surpreende tocado com caixa bumbo e chipô. E a Sara, que me arrancou da minha zona de conforto e me lembrou o mais óbvio de tudo. Eu tenho que tocar feliz. E que em 3 dias me deu motivos para tocar baixo feliz por um ano.
E a metáfora vai ficando cada vez melhor . ¿Se tenho um Virgílio para me guiar no inferno, porque não teria uma Beatriz para me guiar pelo paraíso.?
E a metáfora vai ficando cada vez melhor . ¿Se tenho um Virgílio para me guiar no inferno, porque não teria uma Beatriz para me guiar pelo paraíso.?
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