A ausência de rotina às vezes desgasta e ás vezes motiva. A ausência, por si só, já desgasta. Eu que sou teimoso e tento encontrar mágica onde não há.
Numa semana estou brincando de flanelinhas nas ruas de são paulo e na outra estou todo ralado de espinhos por pular uma cerca pra roubar bergamotas.
Numa semana vejo velhos jogando dominó a dinheiro com a seriedade de quem participa da final do pokerstars. E na outra estou na disneylândia da terceira idade e vejo uma partida de canastra no hall do hotel com a mesma seriedade.
Às vezes durmo num motel e o quarto alaga. Mas às vezes ganho café colonial no melhor hotel da cidade.
Pelas ruas vejo pessoas andando sem camisa e outras de ropão, todas muito sérias e seguras de si. Calor.. frio... chega um ponto em que nem isso importa mais.
Por trás de uma mesa de som, as vezes é como se eu estivesse em cima do palco apresentando a peça, mas as vezes é o trabalho mais solitário do mundo. E se sentir sozinho no meio de uma multidão é tão eu.
Diante de tudo isso eu sorrio e fico invisível. E tudo vai indo pro seu lugar. Seguimos. De um extremo ao outro. Sem meio termo. Sem nunca mais ser morno. Essa foi a promessa.
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