quarta-feira, 27 de março de 2013

Carecendo de certezas apesar da certeza das dúvidas.


Discutindo harmonias e dando risadas nas aulas aprendo muito com o que acontece nas entrelinhas. Vejo um professor dizendo que ensinar um gênio ou um aluno esforçado é fácil. Difícil é puxar aquele que não se ajuda. Tornar bom o que é medíocre (medíocre não pejorativamente falando e sim na sua definição - aquele que está na média). Admiro a perseverança dele sem muita inveja. Não escondo que que sinto um certo orgulho por saber desistir das coisas e das pessoas (e tenho minha excessão que confirma isso). Por outro lado, um doutorado em música e de repente você tem o direito de ser contra tudo e discordar de tudo. Aprendo a entender isso. Professores tem que desconstruir o que o aluno não sabe, para que ele possa contruir um conhecimento mais próximo da realidade. Aprendo devagar a não concordar com isso, mas  por simpatia e admiração eu aceito as descontruções cruéis. Funcionam comigo e por isso eu imagino que elas não são tão funcionais. ¿E o que sei eu? Sempre aprendi o que eu queria apesar dos meus professores pra depois chamá-los de mestres. E tem mais, realidade em termos de música não é tão simples e explicável quanto parece. Não é tão matemático quanto poderia se supor. A teoria justifica e suporta acordes que acabam soando horríveis. E acordes errados soam com perfeição onde não deveriam. Teoria e prática são estranhas uma para outra quando ficamos tentando achar explicação pra tudo.

A música não carece de explicações, e explica tanto sem dizer nada. É algo para ser sentido e não explicado.

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