quinta-feira, 12 de julho de 2012

Mariposas


Há certas coisas que não mudam. Sempre escrevo quando estou inquieto. E quando estou inteligente o suficiente para entortar o que escrevo.

Hoje não estava com vontade nenhuma de estudar ou tocar qualquer coisa. Mentira, o celo eu quero tocar, mas só porque não sei ainda. Sentei no teclado do Barão com a fumaça do café me fazendo companhia. Lembrei do mojo psicológico do irmão que fiz pelo caminho. Tropeçando com os dedos entre uma nota e outra, fui soando para tentar me entender. Deixo meus dedos no automático enquanto fecho os olhos para ver melhor. Falta uma peça no quebra cabeças, mas a imagem continua encantadora. Talvez eu esteja procurando uma peça para um espaço que não existe. Talvez eu esteja inventando um espaço porque quero estar na imagem.

O fim da tarde foi frio e meio pessimista, guardo o resto da metáfora pra mim. Lembrei de dois leões num filme velho. A sombra e a escuridão. Eu tiro lições das coisas mais absurdas para tentar equilibriar o monte de coisa óbvia que deixo passar batido.

E prá compensar as formalidades e convenções sociais que eu insisto em não assimilar.

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