quinta-feira, 26 de maio de 2011

Um mosaico de resenhas

Eu me sinto estranho. Algo meio inútil. Nunca me dei bem com essas épocas de plantio. Sou imediatista por signo e por criação. Sou da colheita. Ainda estou tentando me encontrar. Eu devia mesmo é arrumar um trabalho normal para parar de pensar besteira e ganhar dinheiro suficiente para encher a cara nos finas de semana. Teoricamente daria certo. Mas não pensar não é mais uma opção. Medo de errar. A certeza que tentativas podem levar a erros. Não ter certeza se me perdoei ou não. Sem ter para onde fugir, lá se vai mais uma madrugada ensurdecedoramente silenciosa.

arbitrário: adj.
1. Que não é regulado por lei ou praxe, mas só depende do critério ou vontade.
2. Que desempata ou decide como árbitro.
3. Que não é obrigatório; facultativo.

visionário: adj.
1. Relativo a visões.
2. Aquele que julga ter visões.
3. Que tem ideias quiméricas ou extravagantes.

triste: adj. 2 g.
1. Que aflige.
2. Que inspira tristeza.
3. Escuro e silencioso.
4. Penoso.
5. Falto de alegria.
6. Que habitualmente sente tristeza.
7. Fig. Insignificante, miserável, ridículo.
8. Pessoa digna de dó.

Como se fosse possível atravessar o abismo dando pulinhos.
Como se o mundo fosse realmente preto no branco.
Como se eu não mentisse sistematicamente para me fechar e me proteger de quem chega perto demais.
Como se a vontade de gritar não fosse pura e simplesmente um sinal de fraqueza.
Como se o peso de tudo isso fosse suficiente para me fazer pedir descanso.
Como se eu um dia fosse ficar no chão em vez de levantar e sair correndo de novo.

Releio uma carta como quem toma uma sonífero quase venenoso.
E choro como quem suspira antes de dormir.

O Virgílio tocou essa enquanto me via escrevendo:

Nenhum comentário:

Postar um comentário