terça-feira, 4 de novembro de 2008

Egomet Austro



_____Ao som da saudade de um som que eu não saberia definir. É um barulho de várias corrêias , com cheiro de madeira queimada, um pouco de fuligem, cheiro de verde. Marteladas. Uma serra. Ás vezes milho roubado da roça do Bidi. Barulho de água. Fogueiras enormes com grimpas para comer pinhão. Cheiro de mofo das páginas amareladas de toda coleção do Júlio Verne, de todos os livros. Todos todos todos os livros. O som do balanço no galho do plátano. Eu nunca vou esquecer o barulho do balanço e o melhor carrinho de lomba. Banho de rio. Depois do terceiro eucalipto dá pular que é fundo. Uma fonte com uma caneca azul para pegar água. Um lugar a 30 metros do caos, mas silencioso suficente para ouvir o próprio silêncio. Para ouvir o coração batendo e a alma flutuando.

_____Obrigado pelo mendigo bêbado. Ele foi a melhor companhia para uma garrafa de bacardi e uma carteira de marlboro light em meses. Obrigado pela paciência e pelo silêncio enquanto eu encontrava as respostas. Obrigado pelo amanhecer com chimarrão gelado. Pela paciência. Pelo canto onde ninguém me viu. Por tudo que eu pude aprender com aquele que todos chamavam de Seu Otávio, mas que prá mim vai ser sempre o Zé.

_____Ardala... Bel... a força de vocês foi foda. Meu salve rainha em latim foi prá vocês.

_____Um chá de camomila me fez dormir como criança. E denovo eu me senti pequeno... Nos quedamos todos em paz.

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