quarta-feira, 28 de fevereiro de 2007

Nascido com percepção e com um punho erguido....

Ao som de: Rage - Ashes in the fall

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No final da tarde choveu, mas e daí.?? Eu estava la´sentado proseando com o Artur. Foi uma cena bem surreal, considerando que ficamos os dois o dia inteiro correndo por causa de impressões e clientes urgentes. Mas é tudo pra´ontem né.?? E tudo que precisa ser editado vem em jpg. E não basta apertar o "imprimir", também é necessário desatolar e retomar. E depois mais ensaio. Chega dessa rotina louca. Amanhã quero festa, quero me divertir e olhar nos olhos.


_____Foto de um show muito bom da Rise against. Foi o dia do Mosh da Mari que o Taloco não viu e se lamenta por isso até hoje. Não lembro se foi o show que todo mundo gostou menos o Taloco ou se foi o que todo mundo odiou, meno o taloco. (Dá praver que ele é sempre o diferente né.??)
_____Tocar com esses caras é simplesmente fantástico. Tem uma coisa que eu escrevi há séculos atrás, que voltam a fazer sentido agora.
_____Somos uma banda. Seria smples se fosse só isso. Mas somos também irmãos. Para o bem e para o mal. Nós discutimos por besteiras com a mesma intensidade com a qual nos divertimos em cima de um palco. Como uma banda dividimos um trabalho. O melhor trabalho do mundo. Fazer o que se gosta, se divertir fazendo isso e trabalhar numa festa; o que mais uma turma de amigos de 20 e poucos anos poderia querer. É claro que, como irmãos, dividimos tudo, implicâncias inconscientes, expectativas frustradas, interesses comuns, interesses incomuns. E ainda rimos como crianças, sem culpa nenhuma por confiarmos um no outro. Nunca saberemos se somos irmãos por que tocamos na mesma banda ou se tocamos na mesma banda porque somos irmãos. De qualquer forma, sempre é um prazer e uma honra tocar com seres humanos tão fantásticos como meus irmãos. É indescritível a sensação de poder tocar sabendo que, para qualquer lado que se olhe, haverá alguém para me dar segurança. Juntos nós usamos a música para falar ao coração das pessoas. Cada música com um jeito diferente de tocar as pessoas e de ser tocada por nós. No fundo, no somos tão prepotentes. Sabemos que é a música que nos toca, não nós que a tocamos. E nós ainda vamos reclamar e discutir bastante antes do fim, com razão ou não. Mas ver o brilho nos olhos da platéia que pula ensandecida sendo tocada pelo nosso som justifica tudo.
_____E a gente só se olha e ri, porque a gente sabe que na batida da bateria bate também nosso coração. No ritmo do baixo e na energia da guitarra tudo finalmente faz sentido. Irmãos ou uma banda?? Agora tanto faz; o show começou e nossos sentimentos têm uma voz. Pule com a gente e grite até não aguentar mais. Olhe para os nossos olhos e vejam o mesmo brilho que nós vemos em você. É isso que vai libertar você. É isso que fará a diferença.

terça-feira, 27 de fevereiro de 2007

Atende essa bosta......

Ao som de: Rage - Township Rebelion

_____Estou muito de passagem, ainda tenho várias múscas para tirar e o tempo passa rápido, com os minutos me dando rasteiras.

_____Dia cheio, muito trabalho, pouco prazo. Muitos gritos, pouca cooperação. Ainda assim, eu me divirto. Um almoço de mentira ,um amor de verdade. Falam através de mim e eu sei que tem que ser assim. Anjos sussurrando na minha orelha coisas que eu repito com um leve sorriso irônico. Não sei porque eu. Mas porque não eu.??

_____Agora, quase no fim de tudo, eu tentei ligar, mas ninguém atendeu. Será que não te ligam porque tu não dá bola para o celular ou tu não dá bola para o celular porque não te ligam.?? Eu tento todo dia, mas não tento por teimosia. Tento porque sei que tudo vai dar certo.

_____De mais a mais, não foi um sacrifício absurdo. Valeu a pena, o sol saiu. Valeu para mostrar que ainda tenho poder de barganha, mesmo com os grandões. E valeu para que eu pudesse dizer que estou realmente fazendo tudo que posso para deixar as pessoas ao meu redor bem. Por mais que eu não ganhe nada, ainda é melhor do que perder.

_____E sem isqueiros em casulos, meus flertes com as fogueiras não chegam aos pés do que o sol pode fazer. E sem pressa para o que quer que seja, nunca vou ser rápido o suficiente andando em círculos. Aprendi a ser paciente, aprendi a ter prioridades e isso faz quem que o meu amor seja a coisa mais importante. Fica uma frase atrasada e urgente, dita de coração para coração, no calor de um abraço escondido por trás de um óculos. Ela é perigosa, e eu finalmente me sei completamente inofensivo.

QUANDO OS VENTOS DA MUDANÇA CHEGAREM, NÃO CONSTRUA ABRIGOS, CONSTRUA CATA-VENTOS.


1Cor 12

P.S > Vou continuar tentando ligar.

domingo, 25 de fevereiro de 2007

Aqui estou eu.... de novo e ainda.

Ao som de: Los Hermanos - Condicional

_____Lembro de uma estrada vazia, e dentro do carro eu não conseguia ouvir nada, lembro também de muitas memórias que passaram pela minha cabeça. Meu coração apertado no peito. Escolhi ficar em silêncio. Ou o silêncio escolheu ficar comigo.
_____Corri muito seguindo as marcas dos meus passos, corri o suficiente para chegar na praia antes que amanhecesse. Senti o vento levantando a areia fina, senti algumas gotas perdidas de chuva. E entre as nuvens o sol apareceu no horizonte. Senti um sopro estranho, morno em meio ao gelo da paisagem. Então eu soube que haviam pensado em mim. E eu soube que dessa vez ninguém ia me impedir de tirar a roupa e correr pro mar pelado.
_____Depois disso, eu esqueci do frio, só lembrei dele porque as lágrimas caíam mornas na areia. Um dia eu quero entender porque eu sempre olho para dentro de mim diante do mar. Deve ser porque ali o mar também está olhando para mim. Com o sol alto e depois de fazer o que eu queria fazer, levantei e me despedi de todos. Parou de chover, mesmo que o preço para isso tenha sido alto demais. _____Na palma da minha mão, uma pedra que eu tirei de um rio em Guaporé.
- Minha conversa aqui acabou, preciso voltar. Você, quer ir ou quer ficar.?
- Eu quero ir.
_____Então sacudi a areia e guardei a pedra comigo, e voltei para cima da serra, sabendo que a chuva não era mais necessária.

sábado, 24 de fevereiro de 2007

97% + 3% = 100%

Ao som de: Música ainda sem nome em si menor

_____ O trabalho foi a mesma bagunça de sempre. Bobagem minha achar que ia trabalhar hoje para adiantar as coisas. Falando nisso, reunião com meu verdadeiro chefe amanhã. Convocação em forma de chuva que caiu nesses três dias. E pelo barulho que a chuva fez, dá prá imaginar a importância da coisa toda. Lá vamos nós para o mesmo horizonte.
_____ Ensaio muito bom, mais 1 música e meia. Falta um vocalista. E como é bom tocar com o carlito e com o seco.
_____ Acho que o lance é dar uma dormida antes da festa. Estou acumulando cansaço faz dias. E amanhã vai ser foda. Vou levar só um anel e uma pedra. Do resto, não sei dizer. Só sei que a história da Lisi me abalou. Amanhã escrevo ela.
_____ Enquanto a impressora continua sua inútil batalha contra meu bom-humor, persevero nas minhas velhas lições: Se alguma coisa não está bem, reclamar não adianta. Eu mesmo já comprovei isso umas mil vezes.
_____ Para fazer as coisas ficarem diferentes é preciso agir imediatamente. Deixar para amanhã é a mesma coisa que deixar para daqui a um ano. Para mudar é preciso mudar agora. É claro qeu não se muda radicalmente de uma só vez. Para mudar é preciso começar com um simples passo. E depois outro.
_____ Se você não está satisfeita com a sua vida, começe a mudar, mas lembre-se sempre: continue mudando. E se, ao longo da jornada, você perceber que não é nada disso que você quer, e que o que realmente importa é a vida que você levava antes, mude novamente. Voltar atrás, de forma consciente, também é mudar. Diante de um abismo, as vezes é preciso recuar para encontrar um novo caminho. O que não se deve nunca é ficar parado na vida, esperando que as coisas aconteçam. Eu já fui correndo para um abismo muitas vezes decidido a pular, mas quando o abismo olha para mim, ele sempre me mostra um outro caminho. A música nos dá asas e um jardim e esse é meu trabalho.
E eu ainda conto os dias para que ele seja nosso.

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2007

Porco de Fogo

_____ A primeira vez que fui lavar as mãos no gráfica e vi um sabão em pasta achei aquilo engraçado. Por que alguém iria precisar de um sabão para mecânicos numa gráfica.? Hoje quando olhei para a palma da minha mão e vi quase todas as cores possíveis num padrão CMYK eu entendi o porque. Tudo não passa de um duelo de vontades com a impressora. Se eu me irritar, ela vence. Até agora ela não conseguiu.
_____ Caiu uma tempestade hoje. E saber que eu estava lá mexendo no corel cantarolando chove chuva, chove sem parar. É preciso cuidado com essas coisas. A vela de sete dias apagou e a lâmpada no meu quarto queimou. Não preciso mais de luz porque já estou iluminado o suficiente ou porque devo continuar vivendo no escuro.?
_____ Ensaio muito bom. Pizza, música própria, 5ª corda bombando.O Seco ficou com uma cara de bunda, mas sei que ele também curtiu a músca que a gente fez. E o Carlito me deu mais de 1GB de coisas para ouvir. Eu deveria estar cansado, mas continuo entusiasmado. Só fico um pouco triste quando me ligam chorando. E eu daria minha vida para que não chorassem mais. Acordar antes das 11 é fácil. Basta que se queira. Toda noite tem alguma coisa para fazer, basta que se tenha vontade. Sei bem o que me faz vivo e sei bem pelo que eu morreria. O ano do porco de fogo começou muito bem. Vou voar com quem insiste em ficar no chão tendo assas.
_____ Tinha um erro grosseiro na foto a seguir, peço desculpas por alterar a foto de forma tão tosca, mas agora eu sei que é preciso cuidado quando falo dos outros no meu blog. Não cometerei o mesmo erro de novo. Faltou paciência para editar a foto direito, mas eu fiquei o dia inteiro fazendo isso.. acho que mereço um desconto né...

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2007

ÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉEeéééééééé

Ao som de: Pink - Stupid Girl


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Pode-se dizer que hoje foi uma dia bem normal. Ontem acabei no Mississipi, e fora uma ligação de quase uma hora e uma cartola rosa, não ficou muita coisa prá ser lembrada. Peço desculpas ao Gustavo pelo baixo. Não peço desculpas pela chapinha que eu destruí. Certas oportunidades não se repetem. E sequelado da festa chata, não fui trabalhar de manhã. E de tarde descobri que trabalho para gente medíocre¹ e com gente medíocre. Não que isso seja ruim, tudo têm um lado bom, mas será que vou ficar assim também.? Fora isso, e um aimpressora de 500 mil reais que não funciona, continuo satisfeito com o andamento do trabalho. Adoro esses empregos em que sou pago par a me divertir. Chutar uma coisa que custa 500 mil é muito bom. Preciso achar um nome para ela. Eu sempre batizo as coisas com as quais converso. No final da tarde choveu uma chuva divertida, como uma criança que sai prá passear
sabendo que não tem compromisso nenhum no dia seguinte. E o sol tímido ficou lá observando tudo. Teimoso ou obstinado, não sei dizer. Sei que eu estava na janela quando tudo aconteceu.

_____ E todo mudno desesperado porque bloquiaram o orkut. Falando nisso, os blogs, os assuntos, as posturas e o orkut acabam me lembrando de uma época negra, cheia de intrigas, cheia de diz-que-me-diz-que. Estou satisfeito que minha participação nesse papelhão coletivo seja apenas o de usar um chapéu rosa. Tenho certeza que posso ocupar melhor minhas 25 horas.

_____Crianças fracas crescem e tornam-se fortes (-desde que não fiquem sempre fugindo por sentir medo-) por isso não me preocupo com elas. Preocupado eu fico com adultos que não andam de balanço. A propósito, o Dino é da Cíntia. Eu estava lá nos primórdios. Da mesma foram que vi o Pé Xujismo ser brilhantemente batizado por ela. E toda revolta dela vem do fato dela também ser Pé Xuja. Os fatos são fatos e só o Tchuky e o Gel têm certeza. Conselhos.?? Sim, mas pra quem.?? É um mundo engraçado onde quem acha que pode encontrar o caminho sozinho é justamente quem está mais perdido.

_____ Uma semana sem fumar....

1. Créditos da Bodegueira pelo muito adequado uso da palavra medíocre para descrever a pretensa dona do boteco.

terça-feira, 20 de fevereiro de 2007

Bodegueiro.

Ao som de: Vento Negro


_____Conversa com o meu chefe numa cafeteria entre o meu reino e a biblioteca do 16º andar, depois de um dia normal.

- Posso sentar, Senhor.?

- HEHEHEHE Eu sempre me surpreendo com essa sua falsa humildade.

-Por que.?

- Quando você grita e sabe que eu estou ouvindo, não me chama de Senhor.

- São situações diferentes. Não grito para o Senhor, grito para que todos ouçam.

- Sempre com uma explicação pronta, não é.?

- Eu já ouvi isso algumas vezes. Até cheguei a acreditar. Hoje já não acredito mais. Tenho apenas as respostas necessárias.

- Menos uma, se me lembro bem.

- Exatamente, menos uma.

- Você sabe porque faz tantas exceções.

- Seem.

- Se não fosse absurdo, eu acharia uma enorme coincidência essa nossa conversa no ano novo.

- Tudo é possível, mesmo que demore. Era isso que você dizia através das minha metáforas.

- Do jeito que o tempo anda apressado, demora é uma palavra injusta.

- Eu senti isso também. Resolveu apressar o plano todo.?

- Não é tão simples, e mesmo se fosse, vocês não estão nem perto de estarem prontos. è coisa do Tempo, e de uma tarefa que ele tem que cumprir.

- Eu sei, eu sinto.

- O senhor precisa ir. E eu também.

- Não se sinta tão mal. Não era essa a lição que vocÊ deveria ter tirado.

- Como.?

- Como o que.?

- Como o Senhor suporta.?

- Da mesma maneira que vocês. Agora você consegue entender a dor que eu sinto, mesmo que não sinta nem um milésimo dela. Sinto a tristeza e também sinto a alegria. Da mesma maneira que vocês.

- Se eu fosse um principezinho eu repetiria isso a fim de me lembrar.

Mas ninguém me ouviu, no por do sol roxo e amarelo eu ainda vi a silhueta de uma raposa.

Ergui meu caputino propondo um brinde. - A todos nós, falei entre uma lágrima e outra..Algum tempo depois choveu.

Vida loca, pensei aliviado, antes de me tornar apenas um sorriso e desaparecer. Mais um ano começando. Vi uma sombra passando e gargalhei de mais uma metáfora.

sábado, 17 de fevereiro de 2007

Droga

Ao som de: Reação de Cadeia - Me odeie

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Eu escrevia todo dia, mas não consigo mais. As vezes me sinto murcho, vazio. Por mais que se esprema, não sairá nada que preste. Ontem fui dormir com o telefone no colo, lembrando das palavras, pensando em tanta coisa que deveria ser dita. E hoje nem sei como vou dormir. Só sei que o que eu sinto exatamente agora, mesmo sem ter nome, não é bom.

_____Ganhei um abraço, e não soube elogiar sem ser bagaceiro. Paguei 2 tequilas. Ainda falta mais uma e o resto da garrafa. Digo apenas obrigado. Obrigado, não agradecido. Na verdade masi agradecido do que obrigado.

_____Minha noite foi muito boa, mas no final de tudo eu hesitei e a arrogânica voltou. Preciso me desculpar. Trabalhar e fazer festa direto é impossível.??

_____Escrevo mais quando puder. Quando tiver motivos para tanto. E sempre tem uma música do Tool com a frase certa. E nós estamos destinados a quebrar a menos que cresçamos e fortaleçamos nossa comunicação.

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2007

Um dia de cada vez

Ao som de: Acústico do Maná

Pode parecer loucura, mas comecei a trabalhar hoje. Assim parece, ao menos. A Grazi me chamou para dar uma mão pra ela numa gráfica. É uma gritaria sem tamanho, mas eu preciso lembrar como se usa o Corel e o Photoshop. E lá vou reaprender a boa e velha correria do “as coisas podem não ser para hoje, mas elas nunca são para amanhã”. O sol vai estranhar o fato de me acordar em vez de me colocar na cama pra dormir. Eu vou estranhar. Todos os meus amigos vão estranhar. Eu sei que quero emagrecer para que nenhuma retardada me chame de gordo. Quero trabalhar para ter dinheiro e não perder mais aventuras por falta dele. Quero parar de fumar porque meu corpo não agüenta mais os excessos que cometo por capricho. Um anjo, velho conhecido com baquetas na mão e um sorriso cativante disse o que eu já sabia, mas não sabia em palavras: um dia de cada vez. Esse é o meu tipo preferido de solução: simples e óbvia.

Sai de um bar por dois motivos. A energia do lugar estava ruim demais e eu tinha meia poesia na cabeça e estava com uma certa pressa para terminar. Sair caminhando a pé no fim de um dia corrido é bom. Caminhar devagar, um passo de cada vez, pensando e pensando. A rua dos anjos sempre meche comigo. Mulheres são chatas quando ficam autoconfiantes demais. A propósito, perdoem minha ousadia para falar de um assunto tão particular de vocês. Mas vou falar sobre menstruação. Preciso desabafar e não achei metáfora melhor.

Sim, minha alma menstrua. Em algum momento ela ficou fértil, capaz de procriar. Esse processo não tem nada a ver com ter cólicas e usar absorventes. Sem perceber fui dormir criança e acordei com a calcinha da minha alma encharcada. E sem perceber a gente vai aprendendo a optar, e descobrindo de uma forma ardida que tudo não passa de um grande jogo de escolhas. Permitir intrusas no meu coração, aceitar ofensas, abaixar a voz, engolir mágoas, aquele filho que não fiz, o casamento que não terei, o porre perfeitamente escolhido, um banho quente depois de um dia ruim. A alme menstrua e em algum momento a gente se dá conta de que somos responsáveis pelo que nos causam. É dolorido. A alma acorda mais molhada, mais doída, mais distante. Mais serena. Mais presente. No presente. De repente, acordei assim.

_____Acendi uma vela de sete dias (nem sei se por superstição ou vontade mesmo de que as escolhas sejam iluminadas), coloquei o lixo pra fora, tirei uma série de obstáculos do caminho, me perdoei pelo bom namorado que não consegui ser, senti saudade de um beijo antigo e leve, vesti minha bermuda larga, ouvi uma banda nova, comi pipoca com bacon. Tudo porque já não é mais possível culpar este ou aquele lado da minha existência.

_____ Dei-me conta das limitações, que são tantas. Dei-me conta das escolhas erradas, repetidas vezes. Dei-me conta do cansaço que me causo, do sossego que não me permito. Dei-me conta de que, sem perceber, a alma menstrua. E a gente acaba com cólica de si mesmo. Do que permitimos aos outros e do que não nos permitimos. Enquanto a vela queima, vou queimando decisões erradas. Mas, no fundo, fico alegre, porque cedo ou tarde seria preciso que minha alma sangrasse.

segunda-feira, 12 de fevereiro de 2007

Bora lá

Ao som de: repertório do show do dia 10


Os velhos conselhos sempre são sábios, embora sejam evidentemente perigosos.

Não estou mais perdido, e por isso quero visitar algumas lembranças boas da minha infância. Vou pra Guaporé refazer alguns dos meus passos.

Dessa vez não é uma fuga, e muito menos qualquer estratégia de batalha. É simplesmente um tempo pra mim mesmo. Volto quarta e espero que mais gente volte pra cidade no mesmo dia. O Taloco pode até me bater, mas ir pra Garopaba no carnaval é o meu plano B. No mais, já estou com saudades de alguéns.

domingo, 11 de fevereiro de 2007

Vida Loca

Ao som de um silêncio justo e apropriado.

Festa no Revival. Dois shows muito bons. E te falo em calor. No meio de tudo, eu vi coisas interessantes. Redefino a mais pura ironia, porque o Falcatrua subestima deveras as amizades que existem entre nós. E a pior cega é a surda. E uma mulher ficou o show inteiro na frente do guitarrista, mas quando eles tocaram a música própria ele procurou ela com os olhos e ela não estava lá. Pra todos esses personagens eu digo só uma coisa: Todos têm o que merecem. Ainda bem. E as mulheres são chatas de vez em quando. Um olhar diz muito, nem eu sabia que meu olhar era tão compreensível assim. E agora, no fim de tudo, eu me sinto como se não houvesse fim nenhum. Apenas um recomeço, uma pausa para que eu morra e então renasça. Já sei o que vou escrever na tatuagem do meu braço. Minha clave de sol fica MUITO incompleta sem uma borboleta.

Sempre é bom gritar, para que me escutem até no 27º andar e para que logo depois eu fique sem voz.

And as we wind on down the road
Our shadows taller than our souls
There walks a lady we all know
Who shines white light and wants to show
How everything still turns to gold
And if you listen very hard
The tune will come to you at last
When all are one and one is all, yeah
To be a rock and not to roll

E já que eu não vou mesmo dormir, vou terminar um trabalho inacabado, falei do amor, da fé e agora falo da esperança. Meus 3 talismãs que estão na mão da borboleta. O tripé no qual me apoiei por um bom tempo antes de voar sem segurança nenhuma. Esse vôo serve para que eu sacrifique meu ego e minha necessidade de autoconfiança. Quero meus talismãs de volta, nem que seja para enterrá-los na areia do tempo. Eu amo a Quel, com chuvas de alma e chuvas de coração.

Minha esperança nada tem a ver com desejo, nada tem a ver com o futuro. É simplesmente uma atitude esperançosa diante de todas as coisas. TODAS AS COISAS. Uma visão otimista, um olhar para o lado bom das coisas. Aconteça o que acontecer, eu quero permanecer esperançoso, sem mais nenhum vestígio de depressão. A depressão se manifesta apenas quando se olha par ao lado ruim das coisas. E todas as coisas têm dois lados: o lado bom e o lado ruim. Posso olhar par ao lado ruim e então tudo parecerá ruim e errado, e qualquer coisa me ajudará a ser miserável. Por outro lado, posso olhar para o lado bom das coisas e então ficarei feliz. Simples assim.

Seja o que for, eu quero ver. Quero tocar o íntimo, o coração das coisas. E então, não haverá mais problemas. Meu reino sempre me propicia soluções simples.

Escrevi muito.?? Faz parte...vivi muito também. Tanto que o verbo ser já não me basta. Fico com toda musiquinha dos verbos de ligação:

SER ESTAR FICAR PARECER PERMANECER ANDAR

CONTINUAR FICAR TORNAR-SE

Foto PB, por que não existe cor nenhuma em mim. Deixo que cada um me pinte como achar conveniente. Imitação é a melhor homenagem que eu conheço.

sábado, 10 de fevereiro de 2007

Confortavelmente Chapado (A sina do verbo ser)

Cantarolando Se essa rua fosse minha


Estava eu em casa, com uma dor de cabeça muito chata até o Nick e o Gel me ligarem dizendo que estavam indo pro Revival. Ácido Acetilsalsílico na mente e lá fomos nós pra festa, chega de fugas. Especial Pink Floyd rolando. Quando me dei conta estava sentado em cima do balcão de olhos fechados berrando Confortably Numb:

Hello,
Is there anybody in there?
Just nod if you can hear me
Is there anyone at home?
Come on now
I hear you're feeling down
I can ease your pain
And get you on your feet again

Relax
I'll need some information first
Just the basic facts
Can you show me where it hurts

There is no pain, you are receding
A distant ship's smoke on the horizon
You are only coming through in waves
Your lips move but I can't hear what you're saying
When I was a child I had a fever
My hands felt just like two balloons
Now I've got that feeling once again
I can't explain, you would not understand
This is not how I am
I have become comfortably numb

O.K.
Just a little pin prick
There'll be no more aaaaaaaah!
But you may feel a little sick
Can you stand up?
I do belive it's working, good
That'll keep you going, through the show
Come on it's time to go.

There is no pain you are receding
A distant ship's smoke on the horizon
You are only coming through in waves
Your lips move, but I can't hear what you're saying
When I was a child
I caught a fleeting glimpse
Out of the corner of my eye
I turned to look but it was gone
I cannot put my finger on it now
The child is grown
The dream is gone
And I have become Comfortably numb

Não quero mais sentir raiva, não quero mais viver no desespero da saudade. Preciso de um pouco de paz. Finalmente eu descobri que existe um modo muito simples para que eu encontre o que quero: basta que eu pare de procurar. Agora o verbo não é mais evitar e sim SER.

E no fim da festa, bem no fim, winning eleven com o Nick, mas não sem antes ter que empurrar o Chevete duas vezes e dar de cara com o cara mais desagradável do mundo no komilão. Um brinde aos amigos idiotas do Nick.

quinta-feira, 8 de fevereiro de 2007

Verbo Evitar

Estou evitando muita coisa. Evitando pessoas, evitando tocar, evitando escrever, evitando pensar, evitando ...evitando...evitando...

Evitando a mim mesmo, sempre que possível....

terça-feira, 6 de fevereiro de 2007

Aproveite bem as pequenas coisas; algum dia você vai saber que elas eram grandes

Ao som de: Racionais MCs - V.L. 1

Demorei, mas vou continuar o trabalho que me propus. Falei sobre amor, agora falo sobre a fé. Tem certas coisas ainda confusas na minha cabeça, então, se o texto ficar meio confuso, é só reler que tudo vai ficar claro.

Quando dizemos fé, queremos dizer crença. Crença não é fé. Crença significa algo imposto. A dúvida existe e fica oculta, mas as pessoas se envolvem numa crença e empurram a dúvida para dentro. Eu ouço as pessoas dizendo “Creio em Deus” ou “Eu acredito que tudo vai dar certo” e sinto que a dúvida está presente. A crença não pode destruir a dúvida, pode apenas ocultá-la. As pessoas acreditam por causa da dúvida, por medo de duvidar. Quem não acredita sente-se incomodado e a crença proporciona comodidade, conforto, consolo. É apenas uma fachada mental e por trás dela a dúvida está sempre à espreita.

As pessoas dizem que acreditam em Deus porque parece difícil não acreditar. Não que elas acreditem. Elas duvidam, sabem que duvidam, mas enganam a si mesmas. Suas vidas permanecem inalteradas. Aos domingos ou quando as coisas ficam feias as pessoas vão à Igreja, como um ato de desespero ou simplesmente como uma formalidade social. E depois, fora da Igreja, continuam as mesmas.

A crença é falsa. Ela é útil, mas falsa. A fé é totalmente diferente. Crença significa que a dúvida está oculta; fé significa que a dúvida desapareceu. Essa é a diferença. A fé é a ausência de dúvida. Mas ela só pode desaparecer quando se descobre uma coisa especial no nosso interior. Quando a crença não é dada, o conhecimento surge. E quando surge a compreensão, então a fé nasce. A fé não é acreditar que tudo vai dar certo e sim SABER que tudo vai dar certo.

segunda-feira, 5 de fevereiro de 2007

Deu tudo certo. Ou não.

Ao som da chuva


Não sei bem o que escrever. Não sei nem o que sentir. O Planeta Atlântida foi muito bom. Gostei de quase tudo que vi. O melhor de tudo é que a cada beijo da Raquel meu mundo parava e eu me sentia no céu, mas por outro lado, faltou alguma coisa. Cantei quase todas as músicas pra ela, e acabei percebendo que ela cantava pra ela também, e não pra mim. Eu lembro que dancei bastante. Acho até que consigo sobreviver numa pista de dança. E ver a Quel dançando sempre me faz bem. Lembro também de um embrulho no abdome que foi resolvido tomando água. Esses são os meus tipos preferidos de problemas: Grandes e com soluções simples.

Depois de tudo acabei no mar, e me partiu o coração a sensação de nadar e nadar e morrer na praia. É estranho ver o mundo inteiro conspirando pra que uma coisa aconteça e no meio disso alguém quer ir pra casa porque está com frio. Quem tem o coração quente não sente frio. Quem sabe o quer coopera. E quem sabe faz na hora, não espera acontecer.

E apresentei o mar para minha borboleta, agora ele vai cuidar dela como ele cuida de mim, se ela fizer por merecer. Antes de ir embora voltei pra praia de noite e escrevi uma coisa na beira do mar respondendo uma pergunta que não respondi de manhã. Não começou a ventar no domingo por acaso.

Eu sei muito bem que posso não conseguir, mas eu sei que eu posso. Isso me dá forças para continuar tentando. E eu vou fazer isso até conseguir. Você tem o seu trabalho e eu tenho o meu.

Quando eu voltei pra Caxias choveu, sempre chove quando eu chego em Caxias. Sinto a mesma coisa que sinto quando estou chegando no mar. Algo parece dizer “seja bem-vindo ao seu lugar, sentimos sua falta.” Agora, depois de tudo, quero descansar. Preciso de mim mesmo durante essa semana. Estou com medo.

sexta-feira, 2 de fevereiro de 2007

Sem amadorismo - um estilo

Ao som de: Universidade FM

___Aconteceu muita coisa atravessada essa noite, mas vou lembrar apenas das coisas boas. E foram tão boas que o Taloco me promoveu a Jedi. E com mérito. Ainda bem que aquele idiota voltou. Ele foi peça chave pra tudo que aconteceu hoje. E saber que tudo começou por causa de um simples nick no msn.

___Agora tenho onde ficar, e tenho condições de olhar para o mar sem baixar a cabeça.

___Lua, você está simplesmente perfeita no céu.

P.S. E saber que olhei com descrença quando li no orkut que eu seria o próximo a ser promovido. Eu amo muito tudo isso