quarta-feira, 29 de junho de 2011

Mal Caratismo

Era para o tweeter, mas ia ficar muito grande. Segue a rajada.

A arrogância do mala onda termina quando se percebe que QUALQUER OUTRO bar da cidade paga as bandas melhor. A não ser que ele tenha algum interesse imbecil na tua banda, daí ele é capaz de te dar a bunda pra ti tocar no bar dele. Termina quando enche-se o bar de câmeras e tem-se que oferecer entrada free por 6 meses para que um vândalo aleatório seja denunciado. Delação premiada  está perigosamente perto do fundo do poço. Termina quando um dos caras mais legais que a noite caxiense já viu do lado de dentro do balcão se presta a ser laranja de um modus operandi que mergulha sistematicamente no mal caratismo. Termina quando bandas ruins se prestam a tocar de graça em datas pouco comerciais. Porque é essa a visão emprendedora do elemento: o dinheiro está acima das pessoas. Fato que é endossado pelo rodízio de funcionários. Uma versão noturna do McDonald's com uniforme. Termina quando um cara que foi músico por sei lá quantos anos vira dono de bar e se dá ao trabalho de COBRAR AS ÁGUAS da banda que está tocando. E te trata como se estivesse fazendo um favor ao te pagar a merreca do cashe uma semana depois do show.

O ponto rock da estação  já teve seus dias de glória. E eles não estão sendo agora. Inclusive já fez jus ao seu slogan. Houve época em que o bar era um sucesso e não precisava se sustentar de festas que de rock não tem nada.

Eu achava que só o dono do templo do rock da cidade era uma unanimidade, mas tem gente seguindo o mesmo caminho. Isso, é lógico, nos remete ao glorioso. Ambos tem uma história longa e insossa com alguns poucos momentos de sucesso. E esses poucos momentos os fazem pensar que são (foram) decisivos na história e na evolução da cidade.

"Existem pessoas que procuram apenas e tão somente atormentar as pessoas que estão a sua volta. Estas pessoas praticam atos de injúria, procuram difamar e até mesmo caluniar aqueles que consideram seus desafetos. Mas, quando percebem que suas ações não estão alcançando o objetivo pretendido, e que aqueles que estão ao seu redor estão percebendo o seu desequilíbrio, os agressores querem assumir o papel de vítima para tentar conseguir atenção. Mas a verdade se sobrepõe a qualquer discurso e ninguém acredita naqueles que se figem de bonzinhos, mas que no dia-a-dia agem com mau caratismo. Afinal, não se pode enganar a todos todos os dias. Um dia a máscara cai e as pessoas percebem que a ovelha era na verdade o lobo, que queria prejudicar todos a sua volta". fonte

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Nós

"Há um mundo de coisas que não lembro"... meu pedido de desculpas começa assim. Pode funcionar com os outros, mas comigo não dá certo. Há tanto aqui dentro. Tantos. Alguns que ostento com orgulho, outros que escondo com muito esforço. Deixar essa multidão sem controle invariavelmente me preocupa. Acabo me culpando por ter aberto uma porta que não gosto de ver aberta e essa culpa consegue ser maior do que o sentimento de decepçlão comigo mesmo. Sei bem que no desenrolar dos acontecimentos só faço mal a mim mesmo. Agora, depois de tudo, qualquer pensamento que chegue perto de justificar ou explicar o que aconteceu me soa como uma racionalização amadora. Quando eu conseguir pensar direito de novo, quero descobrir por que as vezes nos sentimos mal por fazer o certo...por exagerar no que é certo, no meu caso. Como se alguém aqui dentro tivesse condições de definir o que é certo e errado.

E lá fora chove a minha chuva. Justa, eu diria. Os pingos dela me farão companhia enquanto tento colocar a cabeça no lugar e levantar. Está tudo uma bagunçaaqui dentro, algumas idéias caíram da estante, outros pensamentos vazaram das garrafas. E meu coração bate curioso, atento ao que acontece no andar de cima. Como se quisesse fazer alguma coisa para ajudar. Como se quisesse entender como pensar. Como se quisesse ensinar a sentir.

Chega a ser irônico pensar que de olhos fechados eu enxergo a mesma coisa olhando para dentro e para fora. Tudo é uma coisa só

Saber que sou assim mesmo não serve de consolo. Sei também das minhas escolhas e por isso, de novo, peço desculpas. Há coisas que eu simplesmente não sei.
Não sei como não ser eu.

Há um mundo de coisas que eu lembro. Cobriram meus tijolos. É dia de São João.

Ut queant laxis
Resonare fibris
Mira gestorum
Famuli tuorum
Solve polluti
Labii reatum
Sancte Ioannes

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Um pit-stop da Ferrari

Corri para São Pelegrino bem devagar por causa da pressa. Encontrei o Padre Mário, uma velha e 3 coroinhas na sacristia antes da missa. Eu estava lá para me confessar, mas o Padre parecia ocupado. Hoje é um daqueles dias importantes e tal, parece que o mundo fica irritantemente mais cristão. Sabia que não tinha tempo, pedi um abraço. E abraçado no padre Mário rezei baixinho o ato de contrição. Não falei mais nada, eu nem sabia o que falar. Nos despedimos com ele me dizendo pra não fazer bobagem. Ele foi rezar a missas das 18.30 e eu fui fazer chover. Todo mundo trabalhando muito.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Cada chuva tem o seu lugar

Não é pra fazer sentido. Tudo está aqui. mas não aqui. Não escrito. Levei anos para não gostar do pangaré, e em segundos ele causou a mesma sensação num estranho. Parabéns para um dos mais ilustres imbecis que eu tive o desprazer de conhecer. No caso dele, não é raiva, é pena, no mesmo balaio do mala onda. O mundo vai endireitar vocês. Do outro lado do vinho fermentado, não é falta de noção nem imaturidade. O modus operandi dos 22 anos. Tudo é como um episódio do Two and a half Man dentro da clínica do House. Quem não pensa fica para trás. A resenha da família não tem par.  Seria incesto então ou só uma das minhas tempestades.?Ser chamado de irmão me enche de orgulho. ¿Ser mentiroso me torna uma pessoa sólida.? Pessoas únicas do mesmo jeito que tocamos. Anseio por um café. Meus dedos sangram doce. Tenho pressa e ando devagar.

Livros com palavras e com cinco linhas e 4 espaços paralalelos horizontas e equidistantes onde são escritas as notas e pausas.  Nunca é o que não parece. Às vezes nem o que parece é. Cada um faz a sua chuva e eu só sei dos meus motivos. Continuam. Ojos malignos, da cor que for. Oye. ¿Mateus sob o signo de Gêmeos.? Então estou louco. Filmes sem final. Filmes infinitos sem final feliz. Um pouquinho de ciúmes porque a mãe morreu. Xadrez e Mahjong, campo minado é passado. Nunca mais vou sonhar bombinhas. Uma penca de gente em câncer. Um Martin Fierro já sabe que vou dizer que faz sentido. Tira uma foto do meu pensamento e esquece o carneiro. Iakisoba com legumes é para iniciantes. Ond ehouver bacon, haverá um caminho. Nunca frite bacon nu.

As, todos fala ma mesma coisa. O pai do Maurício, o palestrante da Cau, eu, um e outro livro de palavras. Tu está onde tu se coloca. Tu é parecido com quem tá perto. Todo mundo tem o que faz por merecer. Isso me coloca pregado numa cruz, mas dando tchauzinho com uma mão e coçando a canela com o calcanhar da outra perna. Sem se coçar fica foda.

Uma xícara de quentão na madrugada. Posso esquentar no micro. Ficou tri bom. Era pra ser queijo, mas tinha passarinho.. desculpe-me. Fraaaaaango e o sapateado do corre loco.  Uma bacia de bergamotas e um saco de pinhão. Inverno, estou só por ti.

Talvez. Nonada.
Amanhece logo que eu quero descer.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

TPM News

Ter uma namorada com tpm promove um processo curioso. Mesmo não tendo feito nada, eu começo a pensar que estou errado. E mesmo que não esteja, eventualmente acabo acreditando que sim.

28 semanas. Crescendo.

sábado, 11 de junho de 2011

Depois do Domecq

Tem uma coisa que é recorrente na minha vida. Sempre que a casa está caindo vem uma mulher e me pega pela mão, me ajudando a levantar e me fazendo entender que é preciso seguir em frente.

A Cau não me pegou pela mão.
Ela me pegou no colo.
E me colocou num lugar bem melhor.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Enquanto eu calculava o seno de um ângulo qualquer

Tem gente que nunca vou parar de falar, mesmo que fiquemos um tempo afastados. Tenho essas pessoas como exemplos e como pilares de sustentação. Elas tornam essa tragédia toda mais tolerável e as vezes até mesmo divertida. Viver sozinho é mais fácil (e mais tentador) mas a sensação de pertencimento vale a pena os pequenos percalços que a convivência oferece.  E todas as confusões que tornam a comunicação com outras pessoas uma aventura nada fácil.

Tem gente que eu parei de falar porque visivelmente me faziam mal. Sugavam minha energia e canalizavam meus pensamentos para lugares escuros e pegajosos. Mas também tem gente que pode não ser um exemplo de caráter ou de conduta, mas ainda assim tento manter o contato com elas. Aprendi a separar as coisas e a amizade que sinto está além de um ou outro pequeno delito

Tem gente que eu parei de falar porque parei, foi acontecendo aos poucos e eu não sei nem explicar porque. Há um equilíbrio entre vontade de falar e inércia e é provável que elas sintam a mesma coisa em relação a mim. Por isso continuamos sem se falar e eu sei que elas pensam em mim do mesmo jeito que eu penso nelas.

E tem pessoas que a vida me induziu a parar de falar e isso às vezes quase sempre me incomoda, mas são escolhas. Trechos de estradas que eu precisava trilhar em outra companhia ou mesmo sozinho. Tentações perigosas demais, às vezes. Escolher entre o bom e o ruim é fácil, mas somos verdadeiramente testados quando temos que escolher entre o bom e o bom.

Algumas pessoas tiveram que se afastar de mim. Não me considero uma pessoa ruim, mas sei que minhas atitudes fazem com que seja muito difícil ficar perto de mim por muito tempo sem chegar perto demais. E eu tenho uma grande tendência de fuder com tudo com quem está perto demais.

Em todas essas pessoas eu penso de vez em quando. Seja uma lembrança engraçada, uma história que marcou ou uma lição aprendida. Todas elas fazem parte de mim nesse enorme mosaico em que qualidades e defeitos tem o mesmo peso quando tento me definir. Sinto falta, mas continuo acreditando que só permaneço na vida das pessoas enquanto for útil. Espero ter sido útil a todos, dos melhores aos piores. Seria uma forma justa de retribuir o tanto que aprendi.

Aos que continuam por perto, obrigado por continuarem me aguentando. Eu mesmo já teria desistido de mim, se houvesse essa possibilidade

Atrasado eu vivo.

O nome do poema é o nome do filme. É lógico.


Invictus

Do fundo desta noite que persiste 
A me envolver em breu - eterno e espesso,
A qualquer deus - se algum acaso existe,
Por mi’alma insubjugável agradeço.

Nas garras do destino e seus estragos,
Sob os golpes que o acaso atira e acerta,
Nunca me lamentei - e ainda trago
Minha cabeça - embora em sangue - ereta.

Além deste oceano de lamúria,
Somente o Horror das trevas se divisa; 
Porém o tempo, a consumir-se em fúria,
Não me amedronta, nem me martiriza.

Por ser estreita a senda - eu não declino,
Nem por pesada a mão que o mundo espalma;
Eu sou dono e senhor de meu destino;
Eu sou o comandante de minha alma.
-William Ernest Henley

terça-feira, 7 de junho de 2011

Lembra aquela noite que nós 3...

Porque eu me lembro... e esperei anos pra poder fazer a pergunta do jeito certo.