terça-feira, 30 de novembro de 2010

Ops...

Só prá não dizerem que eu sou esquecido. Ainda do fim de semana:

O Potro perdeu um dos trunfos mais clássicos dele. Agora estamos quites.

O zine local coloca em manchete "Derrota não tira mérito". A reportagem é sobre um time de futebol locar (uma dica: é verde, ridículo e está na série D) que perdeu mais um jogo. Fico encantado com o processo de adaptação do ser humano. Como NÃO EXISTEM vitórias, eles precisam achar mérido no que tem. Já consigo vislumbrar carreatas comemorando empates sem gols.

Porra, Fiu. ¿¿Uma porca.???!!!!

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Revelações

Não consigo escrever muito, foi um fim de semana extenuante. A brincadeira não acabou, só vai ficando mais séria. A vida vai ficando cada vez mais parecida com o two and a half men. E eu vou me apaixonando cada vez mais. E meu casaco tem o cheiro que eu tanto queria.

Se for o caso, a noite da festa latina pode ficar conhecida como a noite em que me sagrei campeão do 3º Rodo de ouro. Ou como a noite em que tomei uma tequila iron man. Ou como a noite em que quase perdi o que mais quero por minha recorrente incompetência. Mas eu vou melhorando. Vão me tornando melhor.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Meu currículo eu mandei pro inferno.

No meio da madrugada, visita para o Lopes. Um banho de chuva. Um cheiro que eu não consigo descrever como sinto falta. Um mundo de coisas que não entendo. Mas é preciso seguir em frente; todos os diabinhos sabem disso. Acabo entendendo o Potro nas insistências dele. Falando nisso. Tá tudo explicado aqui.

As palavras me faltam, mas meus braços doem de tanto tocar. Há uma relação estranha nisso que acho que só eu entendo. Fotos com cheiro de saudade. Dulcinéia, desculpe o sumiço. Às vezes é complicado. Mas eu sei que tu me entende.

E, sim, eu admito:

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Foco

_____O tempo passa rápido e a tendinite continua aqui. Ela é a prova de que não posso mentir para mim mesmo. Em algum lugar entre um entusiasmo kamikaze e um cansaço culpado, eu me quedo.

_____Hoje é dia do músico. Em vez de mandar os parabéns pros meus companheiros nessa arte maravilhosa e nessa profissão terrível, mando um muchas gracias. Quando comecei nessa vida, eu não tinha noção nenhuma de ritmo, de harmonia, de melodias. Agora caminho batucando tercinas, e fico cantarolando escalas maiores pra treinar o ouvido. Eu lembro que batia o pé para marcar o tempo. Agora, graças aos grandes músicos que muito me ensinaram, eu cosigo marcar o tempo com o meu coração. Gracias por todas as conversas que tivemos livres de qualquer palavra. Por todos os shows, os olhares e momentos mágicos que vivemos e criamos juntos. Gracias também para todas as pessoas que não tocam nenhum intrumento musical, mas que me inspiram a tocar.

_____Há uma frase (sempre há). Eu li ela em um livro antes de ter 13 anos. Antes de sequer supor que meu apelido um dia seria vento. E eu uso a frase até hoje.

"O vento sopra em outra direção, amigos. Vamos com ele. O homem põe, mas Deus dispõe."

_____A chuva me olha curiosa enquanto tomo um banho de chuva com cara de poker. E fico roubando flores sabendo que são elas que roubam pedaços de mim. Meu jardim fica lindo nas gotas de orvalho. O escuro não me incomoda, mas temos tanto que procurar. Felizmente há a luz de um vagalume para ilumiar nossos passos quando o sol se perde nos seus quehaceres.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

No meio dos shows

São shows estranhos. Fico pensando muito e deixo o Virgílio tocar. De todas as conversas, propostas e músicas, tem uma que não pode ser relevada. A última marchinha de carnaval antes dos sambas enredos.




Espero não ter perdido um Martin Fierro. É dificil lidar com quem fala muito, mas é igualmente complicado lidar com quem não fala nada.

E a Lua fica ali no céu cuidando de mim.
E as rosas...

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Lenhando

Ao som de Roberto Carlos - Todos estão surdos

_____A madrugada anda diferente agora que estou lendo muito. Uma luz acesa faz toda diferença. E a luz negra virá. A Débora, meu velho PC, realmente desistiu. Tivemos uma relação com vários altos e baixos desde 2004 e chegou o momento de seguirmos em frente. Fico com o meu note (a.k.a Obdúlio) e uma série de coisas ligadas em USB. E é claro que o HD externo ia dar pau.

_____O fim de semana marcou a primeira festa do meu coração e do meu fígado juntos em anos. E ambos estão bem e em paz como demonstra muita bem a minha chuva. Domeq continua sendo o diabo engarrafado e Rum continua descendo que nem água mineral. A geral demonstra inveja. Mentira, loucura e filha da putice são caminhos sem volta. Fofo é um adjetivo muito peculiar. Piada interna por piada interna, tomo uma Dêde pensando na Nininha. E o Fiu é uma puta biscoiteira.

_____Um simples ajuste de postura e tudo volta pros trilhos. Eu até contaria do resto, mas ninguém iria acreditar. Segundo a observação perpicaz do Barão, as claves:

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Verdes, da cor de mate cuspido

Uma vez se jogava xadrez. Lembrei de um diálogo bem velho, dos alicerces e dos porões dos meus jogos enfumaçados.
- Sabe o que vai acontecer se eu colocar esse peão aqui.?
- Tu vai perder ele.
- Sim, e tu vai levar 10 jogadas até entender porque eu sacrifiquei um peão. E quando entender vai ser tarde demais.

A verdade é que eu sacrifiquei aquele peão simplesmente para deixar ele preocupado. E ganhei aquele jogo 14 jogadas depois porque ele ficou tão preocupado que cometeu dois erros bobos. Que ninguém diga que não dá prá blefar no xadrez.

Uma música ficou na cabeça desde a inauguração do Vagão Classic. E um cheiro, e um gosto e um olhar.



Teach me how to speak
Teach me how to share
Teach me where to go
Tell me will love be there
Love be there

Eu escolho a voz, obviamente. Tinha que estar chovendo. E eu tinha que fazer cada pingo valer a pena. As costuras de água salgada serão inúteis.

domingo, 7 de novembro de 2010

Começo a entender

Ao som de Pirisca Grecco - O céu da fronteira

_____Uma despedida que podia ser um adeus, mas que acabou se transformando num até logo. Psiquiatras e seus remédios para ansiedade, é isso que eles fazem. The devil may cry, mas isso fica como nosso pequeno segredo. Uma nova promessa e dessa vez eu sei que posso cumprir. Um abraço no semasas. Olhei pro calendário suspirando. Eu não podia adiar de novo. Deixei uma flor, como quem se despedia. Peguei um isqueiro e me olhei no espelho. Cheguei a pegar o bacardi na mão, mas lembrei do Jack Sparrow com o seu "e tudo isso sem nem uma gota de rum". Agua quente na térmica e chimarrão novo. Pé na estrada com a rota do sol vazia vazia. No céu a lua ia mudando de lado, se escondendo atrás das nuvens, mas me acompanhando.

_____Sentado na areia, usando o chimarrrão do mesmo jeito que usaria um cachimbo. Conversas sérias sobre ser ou fingir que se é. Vai ser sempre assim, é preciso estar sempre pronto para defender o que somos. Entre o sol e alguns pingos de chuva, fiquei com os pingos. Deixei um recado na areia para o caso de um amigo passar por ali. E subi a serra bem devagar. Em vez de andar a 160 eu preferi andar a 60 tomando chimarrão. Cantarolando Cross Canadian e Adoniran barbosa. Não havia pressa, não havia medo. Tudo como tinha que ser.

Cheguei em casa e instalei meu PS2 só pra jogar um velho jogo. O final é esse:

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Para ver o show...

Ao som de Guns - Patiense ¿15?

_____Passagem de som depois de um chimarrão com a Uruguaia. Tudo estranho, mas eu ia acabar entendendo porque. O fim da tarde estava lindo e eu fiquei um tempinho pegando sol. Entendi o recado. Olhei pro relógio e desisti de ir pra´casa tirar melhor as músicas. E entrei na igreja de são pelegrino com a sina de um covarde e o sorriso de um atrevido. Um batizado rolando e um casal de noivos querendo ver detahes de um casamento. Fiz um sinal para o padre Mário e ele entendeu que eu estaria esperando no jardim. o jardim do lado da igreja de São pelegrino parece menor, mas ela continua familiar.
- Eu sabia que tu ia aparecer por essa época, disse ele tirando a estola.
- Vim roubar mais uma flor. E deitar no mármore. Mas hoje estou de passagem. Estou indo prá praia na madrugada e quis passar aqui antes.
- Vai fazer o que na praia.?
- Dizem que o mar está agitado e gelado. Tenho que ver isso. E o sol convocou uma reunião, amanhã ao amanhecer. Vou lá ver o que querem comigo.

_____Do show fica só uma palavra. Mágico. Um sorriso enorme, ainda maior que o meu e lá estávamos eu e o Virgílio tocando como se não houvesse amanhã. Na música certa eu criei coragem e fui tocar teclado. Achei que ia demorar muito mais para tocar teclado em público, mas quando me dei conta já estava tocando. Coloquei o Virgílio no colo do Barão e eles se entenderam muito bem. Mesmo sem olhar para o lado, eu ouvi a voz do Fiu e achei muito justo ele estar cantando. Tudo no lugar certo, tudo onde tinha que estar.

_____A pena vermelha deu sinal de vida e com toda humildade que pude, pedi para a reunião ser adiada até a próxima lua nova. O sorriso quase diabólico da lua foi minha resposta. Tenho certeza que todos entenderam a virada da maré. O sertão pode até não ter virado mar, mas nós fizemos um belo trabalho. Ser julgado é um preço pequeno a ser pago. A geral que se foda, como disse a rosa. Posso não dizer "bom dia, gato" qdo me olho no espelho de manhã mas gosto da idéia de ter meu velho sorriso de volta.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

A lei do eterno retorno

- Vai rever as rosas - disse a raposa. Assim, compreenderás que a tua é a única no mundo. Tu voltarás para me dizer adeus, e eu te presentearei com um segredo.

O pequeno príncipe foi rever as rosas:
- Vós não sois absolutamente iguais à minha rosa, vós não sois nada ainda. Ninguém ainda vos cativou, nem cativastes ninguém. Sois como era a minha raposa. Era uma raposa igual a cem mil outras. Mas eu a tornei minha amiga. Agora ela é única no mundo.
E as rosas ficaram desapontadas.
- Sois belas, mas vazias - continuou ele. - Não se pode morrer por vós. Um passante qualquer sem dúvida pensaria que a minha rosa se parece convosco. Ela sozinha é, porém, mais importante que todas vós, pois foi ela quem eu reguei. Foi ela quem pus sob uma redoma. Foi ela quem abriguei com o pára-vento. Foi nela que eu matei as larvas (exceto duas ou três por causa das borboletas). Foi ela quem eu escutei queixar-se ou gabar-se, ou mesmo calar-se algumas vezes. Já que ela é a minha rosa.

E voltou, então, à raposa:
- Adeus... - disse ele.
- Adeus - disse a raposa. - Eis o meu segredo. É muito simples: só se vê bem com o coração. O essencial é invisível aos olhos.
- O essencial é invisível aos olhos - repetiu o principezinho, a fim de se lembrar.
- Foi o tempo que perdeste com tua rosa que a fez tão importante.
- Foi o tempo que eu perdi com a minha rosa... - repetiu ele, a fim de se lembrar.
- Os homens esqueceram essa verdade - disse ainda a raposa. - Mas tu não a deves esquecer. Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas. Tu és responsável pela tua rosa...
- Eu sou responsável pela minha rosa... - repetiu o principezinho, a fim de se lembrar.