terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Uma parábola familiar


_____As vezes consigo estabelecer uma relação entre o jeito que vivo minha vida e a quantidade de vezes que posto por aqui. Lembro das vezes que vinha correndo para escrever minhas linhas tortas sempre que tinha oportunidade de mandar mensagens que só uma ou outra pessoa conseguiriam entender. E me divertia criando maneiras de inserir essas mensagens na minha vida, nos meus textos. Em parte, fiquei esse tempo sem escrever por acreditar que não havia mais ninguém com quem eu quisesse conversa. Demorei mas acabei aceitando que há pessoas que nunca sairão da minha vida, e aqui estou eu de novo... ouvindo Tool e rabiscando ideias. 

_____Sempre precisei escrever pra organizar a mente. Vivo pensando levianamente rápido demais e quando escrevo me obrigo a analisar melhor o contexto. E, posso facilmente olhar  pra trás e dizer que estou adiando essa análise, quase fugindo. Mesmo dormindo 4 ou 5 horas por noite dia, sempre arrumo alguma coisa pra fazer pra não pensar muito nos rumos que estou tomando. Não que eu esteja errado: trabalhar tudo que dá não é o problema. Meus objetivos também não. O problema mesmo é a companhia, ou a falta dela. Alguma coisa se quebrou aqui dentro depois do último namoro e da bagunça das flores. Eu não tenho força nem vontade de consertar. Cheguei num ponto em que acredito só em 3 coisas: em bêbados, em crianças e em pessoas com raiva. E isso me incomoda muito. Sei que isso me protege, mas não sei ser eu mesmo sem ter alguma coisa que me deixe vulnerável. E minha esperança está fraca demais pra empatar com o instinto de auto preservação. O jardim não me encanta mais. A Ostra está longe do meu alcance.

Ainda assim,  sei que as peças se encaixam. Nesse exato momento toca a música que ela me escreveu.




Choosing to be here right now. Hold on, stay inside...