Pensei em mandar uma linda carta que começaria com "Então, sua trouxa...". Mas o fato é que o trouxa da história sou eu. A experiência cansou de mostrar que quem brinca com crianças eventualmente sai mijado. E não poderíamos esperar nada diferente de alguém doente que vive de aparências e gerencia a vida e as pessoas como se estivesse na 5ª série.
Nessas horas eu me lembro que vento não é um apelido; é um trabalho. As fogueiras pequenas eu faço desaparecer e as grandes eu torno ainda maiores. Ter pena de uma pessoa não torna ela melhor. Nem a deixa menos asquerosa.
Raramente escolho a forma como me agridem. Então, me dou ao direito devolver a agressão do jeito que achar melhor.
É notório que eu me defendo batendo. E que a dor que carrego comigo me ensinou a bater onde dói.