Escrevi um texto uma vez enumerando coias que eu queria. Mas hoje eu queria apenas me importar menos com os outros. E talvez, mas só talvez, me importar mais comigo. Ainda não decidi sobre essa parte. Tudo vem em ondas, mas nesse mar em específico eu não queria tantas ondas me batendo. Às vezes eu queria passar no RH da firma e pedir desculpas por terem me contratado, mas sigo com a esperança boba de um peão, que torce para que haja uma mão mais sábia mexendo as peças e que, com sorte, me salve dos meus delírios.
Há tantas fotos que eu deveria apagar do meu celular, tantas coisas que simplesmente deveria deixar para trás. Mas como uma árvore poderia deixar prá trás suas raízes? Fora que preciso desse rastro de migalhas de felicidade caso eu precise voltar. Não que eu esteja perdido, mas não tenho ideia de pra onde estou indo. Ainda serei sufocado por essa vã esperança de ter para onde voltar, mas se não tenho medo da dor, o que tenho a perder.?
Ficaria tudo melhor sem mim. mas só mais nessa vida e na outra. ¿Era esse o trato, né.? Seguimos berrando 'nunca me conceda descansar' não porque não quero descansar, mas porque não sei ser outra coisa. E porque tenho certeza que não mereço. Seguimos com planos fadados a desmoronar por incúria de mim mesmo. Planos para ser o mar enquanto não consigo nem ser água.